Alô, pessoal do céu!
Preparem um belo sanduíche de presunto, um suco de limão, que pareça tamarindo e tenha gosto de groselha, coloquem o filme do Pelé para passar no telão, um bilboquê novinho e um pirulito desses bem grandões.
O Chavinho está voltando para casa. Isso, isso, isso. Agora vai, finalmente, ser apresentado para os pais, ganhar roupa nova, poder dormir em uma cama bem macia e jogar futebol com uma bola de nuvem. Agora não tem mais piripaque, brinquedo velho, pipipipi ou cascudo na testa.
Podem avisar em Tangamandápio que o Jaiminho já reencontrou o seu velho amigo. Seu Madruga também está feliz, pronto para continuar com as aulas de boxe.
Avisem também, lá na vila, que o Seu Barriga pode entrar sem se preocupar com qualquer acidente, que a dona Florinda precisa contratar um novo garçom para o restaurante e para o Professor Girafales que, infelizmente, terá que retirar o nome do Chaves da chamada da escola. Tratem de dizer ao Quico e a Chiquinha para tirarem essa tristeza dos olhos e se lembrarem da promessa que fizeram: despedir sem dizer adeus jamais.
O Chavinho esta bem, brincando com o Godinez no carrossel e jogando ioiô com os anjos em uma praia como a de Acapulco, um verdadeiro paraíso, muito diferente da casa da Bruxa do 71.
Meu amigo de infância colocou a trouxinha nas costas e se mandou. Eu sei Chaves, foi sem querer querendo. Que travessura a sua, nos deixar assim tão de repente.
Tinha que ser o Chaves mesmo. Vá com Deus.
(autor desconhecido)
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